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Interoperabilidade é a capacidade de um sistema eletrônico trabalhar com outros sistemas, sem a necessidade de um esforço especial do usuário. No ambiente de saúde, esta definição pode ser explicada através dos 3 itens abaixo, segundo um dos maiores nomes em pesquisas sobre segurança do paciente, Dr. Peter Pronovost:

  1. Garantir a troca segura da informação eletrônica e o uso de informações de outros sistemas sem precisar de um esforço especial do colaborador;
  2. Permitir o acesso, troca e utilização completa de todas as informações eletrônicas autorizadas;
  3. Impedir o bloqueio de informações.

 

Dessa forma, a interoperabilidade, utilizada em sistemas eletrônicos na área de saúde, permite que as instituições estejam de acordo com as demandas e necessidades de um contexto dominado pela tecnologia.

 

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A implementação de sistemas com interoperabilidade promove diversos benefícios, como:

  • Mais tempo de interação entre o paciente e colaborador;
  • Aumento das abordagens baseadas na integração de setores e times;
  • Aumento na precisão, qualidade e quantidade de dados;
  • Capacidade de transmitir dados para outros sistemas automaticamente;
  • Redução de custos, utilizando apenas um sistema integrado;
  • Melhoria da fluidez da assistência;
  • Redução de tarefas desnecessárias dos profissionais;
  • Redução de retrabalho;
  • Redução de eventos adversos, incidentes e erros;
  • Aumento da precisão e acerto de informações veiculadas dentro da instituição;
  • Aumento do prazer dos colaboradores;
  • Aumento da rapidez dos resultados;
  • Aumento da eficiência do cuidado;
  • Aumento da segurança do paciente.

 

A interoperabilidade, ou a capacidade dos sistemas e dispositivos de TI de trocar dados e interpretar esses dados compartilhados, tem sido um desafio frustrante e dispendioso para o sistema de saúde. A falta de interoperabilidade criou barreiras significativas para fornecer atendimento ideal e alcançar melhores resultados para os pacientes.

Discussões sobre a relevância da interoperabilidade levaram a John Hopkins Medicine (EUA) a estabelecer a meta de reduzir 7 dos danos mais evitáveis ​​e sérios que os pacientes da UTI enfrentam.

A solução foi um sistema que integra dados de várias fontes em um monitor de computador fácil de ler – um monitor que atendia às necessidades de médicos e pacientes. Combinou dados de tecnologias existentes, como o prontuário eletrônico do paciente, com dados novos, como sensores que acompanham a atividade do paciente ou o ângulo de uma cama.

Da mesma forma que os pilotos obtêm todas as informações essenciais nas exibições do cockpit, o sistema (denominado Emerge) permite que os médicos vejam rapidamente se os pacientes estão recebendo todos os cuidados necessários para evitar os 7 danos. Este projeto foi significativo em demonstrar o valor na criação de um sistema que se concentra em objetivos ou requisitos específicos de interoperabilidade, incluindo os de médicos e pacientes.

Diante de tantos benefícios, a implementação de um sistema com interoperabilidade dentro das instituições de saúde se apresenta como uma solução prática viável para aumentar a qualidade da assistência como um todo.

 

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Referência:

Peter Pronovost; Michael Johns; Sezin Palmer; etc. Procuring Interoperability. National Academy of Medicine. 2018.



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