- 25 de outubro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Notícias
A prevenção aos erros medicamentosos é uma das vertentes visadas pelas organizações de saúde, uma vez que gera custos desnecessários e põe em risco a segurança do paciente.
Embora a incidência de eventos adversos referentes à medicação diminuiu entre 2010 e 2015 nas organizações, fora delas, estes casos vêm aumentando. Visando reduzir estes casos, o modelo “Pharm 2 Pharm” foi criado.
Em junho de 2013, a Universidade do Havaí uniu-se a órgãos governamentais, farmácias comunitárias rurais, e outros stakeholders num projheto de inovação, o qual foi premiado um subsídio de inovação de US$ 14,3 milhões para melhorar a reconciliação e o gerenciamento de medicamentos para idosos. O programa, chamado Pharm2Pharm integra farmacêuticos em equipes hospitalares e de atendimento ambulatorial e utilizará tecnologia de informação em saúde para apoiar a tomada de decisões e melhorar a comunicação, particularmente entre farmacêuticos hospitalares e farmacêuticos comunitários.
O projeto tem como objetivo alcançar melhores transições de cuidados, reduções de eventos adversos, melhor adesão à medicação e decisões mais bem informadas e mais centradas no paciente sobre terapias medicamentosas, levando à redução de hospitalizações, readmissões e atendimentos de emergência e melhores cuidados de saúde e saúde para o paciente. pacientes atendidos. Para isso, são sugeridas 9 intervenções:
- Utilizar critérios, baseados em evidências, para identificação dos pacientes com maior propensão de se beneficiar do serviço de gerenciamento da medicação
- Ajudar os envolvidos a entender a importância da redução do risco de problemas relacionados ao uso de medicamentosos
- Recomendar que pacientes visitem um farmacêutico da comunidade após a alta (marcando-se a primeira consulta)
- Reconciliar a medicação
- Identificar problemas atuais da terapia medicamentosa, dando foco aos problemas relacionados à admissão e aos medicamentos que, geralmente, implicam em hospitalizações
- Transmitir todas as informações necessárias na transição de cuidado entre colaboradores.
- Trabalhar com cada paciente de acordo com as prescrições após a alta, utilizar um processo de gerenciamento medicamentoso padronizado, de acordo com as melhores práticas
- Continuar a dar ênfase nos problemas medicamentosos para prevenir readmissões, principalmente, após a alta
- Buscar entender e priorizar as metas e preocupações pessoais do paciente.
Confira também: Como aprimorar o gerenciamento das falhas em saúde
Em um estudo recente publicado pela British Medical Journals, este modelo foi testado e constatou-se os seguintes benefícios:
- Redução da taxa de internação relacionada ao uso de medicação;
- Retorno financeiro dos custos com a implementação;
- Redução no uso de medicamentos (evitáveis);
- Redução na incidência de eventos adversos referentes à medicação;
- Identificação precisa e correta dos pacientes;
- Identificação de pontos de melhorias e ações para alcançá-las;
- Construção de uma terapia sistemática e centrada no paciente.
Ao implantar o modelo mencionado acima, o sistema de saúde ganha, uma vez que todos os agentes envolvidos no cuidado, colaboradores, pacientes e familiares, são beneficiados.
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Referência:
Karen Pellegrin; Alicia Lozano; Jill Miyamura; etc. Community-acquired and hospital-acquired medication harm among older inpatients and impact of a state-wide medication management intervention. British Medical Journals. 2018.