- 25 de setembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Acreditação, Gestão
A comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes é considerada uma ferramenta sanitária prioritária, que afeta diretamente a segurança do paciente.
A forma como a mensagem é transmitida pode ajudar ou dificultar o processo, por isso é fundamental oferecer atenção especial a este fator. Por essa razão, a ACSA (única metodologia de Acreditação europeia no Brasil) lançou Recomendações sobre Habilidades de Comunicação Eficaz:
1. Ter claro os objetivos da comunicação/entrevista assistencial: estabelecer e manter a relação com o paciente, responder às suas emoções, obter e compartilhar a informação, explicar e planificar, tomar decisões e implementá-las;
2. Desenhar uma estratégia de trabalho em equipe para informar o paciente e familiares: de maneira que todos os profissionais participem ativamente abordando aquilo que realmente os fará atingir a excelência no cuidado;
3. Adquirir conhecimentos relacionados aos elementos que interferem no processo de comunicação:
Elementos comportamentais: se referem a conduta que tomamos e podem ser observadas pelos demais (condutas verbais – o que dizemos, não verbais – formas além das palavras de se expressar como sorriso e olhar, paraverbais – como dizemos);
Elementos cognitivos: relacionados aos pensamentos que temos enquanto comunicamos;
Elementos fisiológicos: relativos às reações do nosso corpo quando nos comunicamos.
4. Adquirir e empregar habilidades sociais
Utilizar a assertividade: principalmente, para destacar o mais importante na hora de comunicar;
Utilizar técnicas de autocontrole: para melhorar a relação em contextos difíceis;
Escuta ativa: prestar atenção não apenas no que é dito, mas como é dito e utilizar elementos não verbais e paraverbais para demonstrar interesse no paciente.
5. Incorporar habilidades e elementos comunicativos adicionais em situações de complexidade especial: como dar notícias ruins, enfrentar a agonia e morte, falar sobre sexo ou assuntos estigmatizados (violência de gênero, abuso infantil), gerenciar emoções e comunicar-se com pessoas com características especiais (deficientes visuais ou auditivos, adolescentes).
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Estas práticas acarretam os seguintes benefícios
- Diminuição da angústia e depressão em pacientes;
- Maior satisfação dos pacientes e colaboradores;
- Maior taxa de adesão ao tratamento;
- Melhores resultados assistenciais;
- Diagnósticos mais rápidos e precisos;
- Diminuição da incidência de eventos adversos;
- Redução do número de reclamações e queixas.
Uma comunicação efetiva exige tempo, esforço, dedicação e habilidades interpessoais. Mas os resultados compensam… e muito!
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Referência:
Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía. Recomendaciones de la Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía: Habilidades de Comunicación Eficaz. Agosto de 2018.