- 28 de maio de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
A 71ª Assembleia Mundial da Saúde encerrou as sessões neste sábado (26) com a aprovação de uma série de resoluções que abrangem os mais relevantes temas sobre saúde pública.
Delegados de todo o mundo aprovaram resoluções sobre o programa geral de trabalho da OMS para os próximos cinco anos; o trabalho da Organização em relação às emergências; poliomielite, cólera, doenças crônicas não transmissíveis e tuberculose; bem como a escassez de medicamentos e vacinas e os altos números de picadas de cobras, entre outros tópicos.
Nutrição
Os delegados renovaram por unanimidade seu compromisso de investir e ampliar as políticas e programas de nutrição para melhorar a alimentação de bebês e crianças pequenas.
Pólio
Para se preparar para um mundo livre da pólio, as atividades mundiais de contenção do poliovírus continuam a ser intensificadas e os Estados Membros adotaram uma resolução histórica sobre a contenção desse vírus. Em um número limitado de instalações, o poliovírus continuará a ser mantido após a erradicação para servir a funções nacionais e internacionais críticas, como a produção de vacina contra a poliomielite ou pesquisa. É crucial que os materiais de poliovírus sejam apropriadamente contidos sob estritas condições de manuseio, armazenamento e biossegurança, assegurando que o vírus não seja liberado no ambiente acidentalmente ou intencionalmente para causar novamente surtos da doença em populações vulneráveis.
Confira também: Acesse aqui! Manual OPAS/OMS para combate à má nutrição
Regulamento Sanitário Internacional
Os delegados receberam com satisfação um plano estratégico global quinquenal proposto para melhorar a preparação e resposta da saúde pública, por meio da implementação do Regulamento Sanitário Internacional, um instrumento legal global vinculante para 196 países em todo o mundo. Seu objetivo é ajudar a comunidade internacional a prevenir e responder a graves riscos de saúde pública, que têm o potencial de atravessar fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo.
Marco da influenza pandêmica
Os delegados consideraram o relatório do diretor-geral sobre os progressos realizados na implementação da decisão WHA70 (10), que trata da revisão da estrutura de preparação para a influenza pandêmica. A Assembleia da Saúde aprovou todas as recomendações do relatório de Tedros, mas solicitou que o texto final da análise fosse apresentado em 2019 e não em 2020.
Confira também: Confira as recomendações da OMS para o cuidado das mulheres grávidas
Saúde digital
A OMS terá que desenvolver uma estratégia global sobre saúde digital e apoiar o aumento de escala dessas tecnologias nos países, fornecendo assistência técnica e orientação normativa, monitorando tendências e promovendo as melhores práticas para melhorar o acesso aos serviços de saúde.
A resolução também pede aos Estados Membros que identifiquem áreas prioritárias nas quais se beneficiariam da assistência da OMS, tais como implementação, avaliação e ampliação de serviços e aplicações de saúde digital, segurança de dados, questões éticas e legais. Exemplos de tecnologias de saúde digital existentes incluem sistemas que rastreiam surtos de doenças usando “crowdsourcing” ou relatórios da comunidade; e mensagens de texto de celular para mudança positiva de comportamento para prevenção e gerenciamento de doenças como diabetes.
Confira também: Confira as recomendações da OMS para prevenção da sepse nos cuidados de saúde
Picadas de cobra
Os delegados concordaram com uma resolução que visa reduzir o número de pessoas em todo o mundo que morrem ou vivem com problemas físicos ou mentais causados pela picada de cobras.
Reconhecendo a necessidade urgente de melhorar o acesso a antivenenos seguros, eficazes e acessíveis para picadas de cobras, os delegados instaram a OMS a acelerar e coordenar os esforços mundiais para controlar o envenenamento por picadas de cobras – doença que ameaça vidas após a picada de uma cobra venenosa.
Atividade física
Os Estados Membros endossaram o Plano de Ação Mundial da OMS sobre Atividade Física, uma nova iniciativa que tem o objetivo de aumentar a participação de pessoas de todas as idades de atividade física e promover a saúde e combater doenças crônicas não transmissíveis, incluindo as cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, câncer de mama e câncer do colo do útero, além de apoiar a melhoria da saúde mental e qualidade de vida.
O objetivo do plano é reduzir em 15% a prevalência global de inatividade física entre adultos e adolescentes até 2030.
Confira também: 3 Recomendações da OMS para saúde da mãe e do bebê durante o parto
Tecnologias assistivas
Os delegados adotaram uma resolução instando os Estados Membros a desenvolverem, implementarem e fortalecerem políticas e programas para melhorar o acesso à tecnologia assistencial e solicitar que o diretor-geral prepare, até 2021, um relatório global sobre o acesso efetivo à tecnologia assistiva.
Febre reumática e doença cardíaca reumática
Os delegados concordaram com outra resolução que pede à OMS o lançamento de uma resposta mundial coordenada à doença cardíaca reumática, que afeta cerca de 30 milhões de pessoas a cada ano. Em 2015, estima-se que a doença tenha causado 350 mil mortes. A doença ocorre mais comumente na infância e afeta desproporcionalmente meninas e mulheres.
Nota traduzida e adaptada a partir da matéria publicada no site oficial da OMS, no dia 26 de maio: https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=14391%3A71st-world-health-assembly-wraps-up-with-adoption-of-resolutions-on-wide-ranging-topics&catid=740%3Apress-releases&Itemid=1926&lang=es.
Participe do II Fórum Práticas de Excelência para a Segurança do Paciente, nos dias 20 e 21 de julho em São Paulo! Vagas limitadas em: www.foruminternacionalibes.com.br
Confira no Canal de Excelência em Saúde mais sobre tecnovigilância!
Acompanhe também os comentários de Aléxia Costa sobre a PPO construída coletivamente no evento Geração de Excelência.
Participe do próximo XVIII Curso de Formação de Avaliadores IBES | Metodologia SBA/ONA
Inscreva-se já!
Fonte: OPAS/OMS