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Por Alexia Costa

Existem muitos conceitos, aprimorados e divulgados mundialmente nos últimos anos, que sustentam as parcerias com os pacientes (incluindo seus familiares e acompanhantes), como:

– cuidado centrado no paciente,

– envolvimento do consumidor nas decisões relacionadas à assistência,

– consentimento informado/esclarecido, e

– participação dos pacientes e o envolvimento da comunidade.

Essencialmente, as parcerias com os pacientes existem quando os mesmos são tratados com dignidade e respeito, a informação é compartilhada com eles e sua participação e colaboração são encorajadas.

Tais parcerias podem ocorrer através de várias estratégias. Alguns exemplos incluem:

  1. verificar se a informação de saúde é fácil de se entender;
  2. usar ações de comunicação e ferramentas de suporte à decisão que personalizam as mensagens para o paciente;
  3. Incluir pacientes e familiares em estruturas de governança para assegurar que as políticas e processos organizacionais atinjam as necessidades dos consumidores (isso já ocorre em muitos países desenvolvidos, como Inglaterra, Espanha e Austrália, mas no Brasil ainda é frágil);
  4. envolver o paciente ou familiar em grupos focados em fornecer conselhos sobre projetos de segurança e qualidade
  5. estabelecer grupos consultivos de consumidores para informar projetos de inovação ou redesenho de processos.

Existe uma boa evidência de que as abordagens centradas no paciente podem levar à melhorias na segurança, qualidade e custo-eficácia na assistência à saúde, bem como melhorias na satisfação/experiência do paciente e da equipe de profissionais que executam o cuidado.

De forma geral, é consenso que as abordagens centradas no paciente para o cuidado podem ser encontradas em cuidados centrados no paciente,  visando melhorar a qualidade e a segurança através de parcerias com pacientes, familiares e consumidores.

 

Aléxia Costa – Diretora de Ensino e Capacitação do IBES

Farmacêutica pela Universidade Católica de Santos. Mestre em Genética e Genomas pela UNIVAP. MBA em Gestão e Engenharia da Qualidade pela Escola Politécnica da USP. Monitora de Pesquisa Clínica pela Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica. Avaliadora de Sistemas de Saúde, através da metodologia ONA e Accreditation Canada. Docente da disciplina Gerenciamento de Riscos aplicado à Gestão da Qualidade, no MBA da Escola Politécnica da USP. Experiência em Gerenciamento de Farmácia Hospitalar e Oncológica em instituições de saúde. Fellow ISQua.

 

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Referência bibliográfica: National Safety and Quality Health Service: Partnering with Consumers