- 14 de setembro de 2017
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Sem categoria
Por Christian Hart Ferreira
Muitas pesquisas demonstram que o mercado de saúde compõe a maior fatia das lojas de aplicativos para tablets e smartphones. Eles se propõem a atender diversos públicos e resolver muitos problemas existentes na relação prestadores/pacientes/fontes pagadoras.
O curioso é que ao circular em um ambiente de prestação de serviços de saúde, ainda percebemos que os processos são totalmente dependentes das pessoas. Mesmo nos serviços que atendem o público de alto poder econômico – onde o senso comum acredita que o nível cultural e tecnológico também é mais alto – percebemos que a tecnologia existe mas normalmente é subutilizada.
Temos hoje aplicativos para agendamento de consultas e procedimentos, mas a maior parte dos pacientes procura os canais tradicionais para faze-lo. Temos há tempos canais online para retirada de resultados de exames, mas percebemos os postos de retirada lotados nas Instituições de saúde. Até mesmo simples confirmações de presença em consultas atinge na melhor das hipóteses uma adesão de menos de 65%.
Os melhores resultados foram atingidos pelas Instituições que perceberam que o desafio não está na tecnologia, mas em entender o modelo de vida dos pacientes, para que a tecnologia seja incorporada a este. É fundamental que o relacionamento com o cliente/paciente seja estimulado por meios tecnológicos não somente quando o paciente tem uma demanda real. Quando isso ocorre o paciente aciona o modo tradicional, relembra alguma experiência anterior no ambiente de saúde e recorre ao método que lhe traz melhores lembranças, ou as que são menos incômodas, e naturalmente ele acessa os canais tradicionais.
Procure estabelecer uma relação continuada com o paciente e insira elementos de tecnologia nesta relação. Quando o seu cliente/paciente precisar efetivamente de um serviço de saúde, ele não precisará lembrar do modelo tradicional, ele já estará conectado com você!
Administrador de empresas, MBA em Gestão Hospitalar e de Sistemas de Saúde, Avaliador líder em processos de certificação nacional e internacional. Atuou como Supervisor de Suprimentos, Assessor da Qualidade e Diretor Administrativo de Hospital de grande porte. Atualmente é Diretor de Projetos e Novos Negócios do IBES – Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde.
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