- 10 de abril de 2017
- Posted by: Grupo IBES
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Proporcionar tranquilidade aos pacientes em seus momentos finais também é um papel da enfermagem. Confira mais sobre o cuidado paliativo.
A palavra ‘paliativo’ tem suas origens na palavra latina ‘pálio’, que significa capa ou cobertura. Cuidado paliativo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde, 2009):
– Fornece alívio da dor e outros de sintomas angustiantes;
– Afirma a vida e considera a morte como um processo normal
– Pretende não apressar nem adiar a morte
– Integra os aspectos psicológicos e espirituais do atendimento ao paciente;
– Oferece um sistema de apoio para ajudar os pacientes a viver o mais ativamente possível até a morte
– Oferece um sistema de apoio para ajudar a família a lidar durante a doença do paciente e em seu próprio luto;
– Usa uma abordagem de equipe para atender às necessidades dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento de luto, se indicado;
– Vai melhorar a qualidade de vida, e também pode influenciar positivamente o curso da doença;
– É aplicável no início da doença, em conjunto com outras terapias que se destinam a prolongar a vida, tais como quimioterapia ou radioterapia, e inclui investigações necessárias para entender melhor e gerenciar complicações clínicas angustiantes.
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Cuidar dos que estão morrendo e de suas famílias tem sido um enorme desafio para todos os profissionais de saúde envolvidos. Os cuidados de fim de vida sofreram rápidos avanços, principalmente em relação às intervenções farmacológicas para ajudar a controlar a dor crônica e sintomas de ansiedade e depressão. A otimização da qualidade de vida dos pacientes tornou-se o foco e contribuiu para o aumento da aceitação dos cuidados paliativos como uma reconhecida especialidade.
Além dos aspectos físicos, o apoio psicológico, psicossocial e espiritual é altamente eficaz e valorizado pelos pacientes e famílias. As pessoas têm direito a cuidados de suporte e paliativos, independentemente do diagnóstico ou das circunstâncias.
A mensagem clara de apoio ao paciente e à família, combinada com uma abordagem multidisciplinar em equipe, é consistente com a boa prática de enfermagem.
Os enfermeiros estão em uma situação única – sendo os únicos cuidadores próximos ao paciente nas 24 horas do dia – de forma a incorporar e desenvolver ativamente os princípios e práticas da abordagem paliativa em seu trabalho.
O desafio para os enfermeiros precisa estar na qualidade de vida, não na quantidade, sendo morrer um processo normal de vida. Isso os obriga a pensar holisticamente e a afastar um modelo terapêutico focado na doença.
Aléxia Costa – Diretora de Ensino e Capacitação do IBES
Farmacêutica pela Universidade Católica de Santos. Mestre em Genética e Genomas pela UNIVAP. MBA em Gestão e Engenharia da Qualidade pela Escola Politécnica da USP. Monitora de Pesquisa Clínica pela Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica. Avaliadora de Sistemas de Saúde, através da metodologia ONA e Accreditation Canada. Docente da disciplina Gerenciamento de Riscos aplicado à Gestão da Qualidade, no MBA da Escola Politécnica da USP. Experiência em Gerenciamento de Farmácia Hospitalar e Oncológica em instituições de saúde. Fellow ISQua.