- 5 de dezembro de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Segurança do Paciente
Para diminuir o risco de lesão, o diclofenaco injetável deve ser administrado somente por injeção intramuscular profunda no glúteo, no quadrante externo superior da nádega. O diclofenaco não deve ser injetado em qualquer outro local.
Vale lembrar também que pacientes com úlcera gástrica, falência hepática, falência renal e insuficiência cardíaca grave não devem utilizar diclofenaco, assim como também não é indicado seu uso por crianças, adolescentes e mulheres grávidas. Quando indicado, o tratamento não deve ser mantido por período superior a dois dias.
Ação:
A Anvisa relembra que os prescritores devem avaliar cuidadosamente a relação benefício/risco antes de indicarem o uso do diclofenaco intramuscular (IM).
Caso seja escolhida a via intramuscular, os seguintes cuidados devem ser seguidos durante a administração do medicamento para diminuir o risco de ocorrência de lesão com o uso injetável do diclofenaco:
1. As aplicações devem ser realizadas, exclusivamente, por profissionais de saúde;
2. Deve ser realizada higiene rigorosa, com álcool, no local de aplicação da injeção;
3. O diclofenaco intramuscular deve ser administrado somente por injeção IM profunda, no quadrante externo superior da nádega. O diclofenaco não deve ser injetado em qualquer outro local. O número máximo de injeções diárias é duas, uma em cada nádega, com intervalo de algumas horas entre elas, por dois dias;
3. O diclofenaco não deve ser no braço, pois o músculo deltoide tem menos massa muscular e, portanto, mais passível de vaso punção;
5. O diclofenaco não deve ser administrado na região subcutânea devido ao risco aumentado de necrose;
6. Após a introdução da agulha, realizar a aspiração do êmbolo para se certificar que a mesma está posicionada fora da luz vascular. Constatado que não houve punção de nenhum vaso, manter a agulha imóvel durante toda a aplicação. A presença de sangue na seringa ou na agulha exige interrupção imediata da aplicação;
7. Aplicar a injeção de forma lenta;
8. No caso de dor indevida no local da injeção, a administração deve ser interrompida.
9. Ler a bula do medicamento antes da administração.
Histórico:
Recomendações:
A Anvisa monitora continuamente os medicamentos e solicita aos profissionais de saúde e pacientes que notifiquem os eventos adversos ocorridos com o uso de qualquer medicamento.
A comunicação de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes pode ser realizada por meio do Formulário de Notificação de Eventos Adversos para o Cidadão ou ainda pelos canais disponíveis para atendimento ao cidadão: Central de Atendimento ao Público e Ouvidoria. Para o profissional de saúde, a Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa para a realização das notificações de eventos adversos.
Anexos:
Referências:
Bulário Eletrônico da Anvisa
Giovannetti M, Marcel ACM, Borrelli Jr M, Ikejiri CI, Alonso N, Bianco PD: Necrose tecidual: efeito colateral do diclofenaco de sódio, relato de casos e discussão da fisiopatologia. Rev Hosp Clin Fac Med S Paulo 48: 39-42, 1993.
HOEFLER, Rogério; MENEZES, E. S. Diclofenaco intramuscular: medicamento perigoso ou uso abusivo?. Boletim Farmacoterapêutica. Ano X, n. 04, 2005.
MARQUES FILHO, José. Necrose tecidual após injeção de diclofenaco de sódio. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo , v. 43, n. 4, p. 273-274, Aug. 2003
Cassiani, Silvia HB, Silvia M. Rangel, and Francisco Tiago. “Complicações após aplicações, por via intramuscular, do diclofenaco de sódio: estudo de um caso.” Medicina (Ribeirao Preto. Online) 31.1 (1998): 99-105.