[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]
[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]

A fase pré-analítica (etapas que ocorrem antes do processamento das amostras biológicas) do processo total de testes laboratoriais é onde ocorrem a maioria dos erros laboratoriais.

Erros pré-analíticos ocorrem nas seguintes etapas:

1) no momento da avaliação do paciente,

2) na entrada do pedido de teste,

3) na identificação do paciente,

4) na coleta da amostra,

5) no transporte da amostra ou

6) no recebimento da amostra no laboratório.

Um estudo (Bonini et al.) descobriu que erros pré-analíticos predominaram no laboratório, variando de 31,6% a 75% do total de erros. Boa parte destes erros estão relacionados à hemólise da amostra e volume insuficiente para a realização precisa dos testes.

LEIA MAIS: Erros no processo de acompanhamento dos resultados laboratoriais

As principais medidas para se prevenir erros pré-analíticos são as seguintes:

 

1. Desenvolver procedimentos escritos claros para as etapas críticas que devem ser seguidas: identificar um paciente, coletar e rotular a amostra, transportar o espécime e prepará-lo para análise. 

2. Desdobrar as Políticas organizacionais junto ao Laboratório, especialmente as Políticas de Identificação do Paciente e Gestão da Qualidade.

3. Melhorar a formação dos profissionais de saúde, treinando todos os envolvidos no processo de solicitação, coleta e recebimento das amostras. As competências devem ser avaliadas anualmente, no mínimo.

4. Disponibilizar o Manual de Orientações de Coleta de Amostras Laboratoriais em todas as áreas e unidades (cirúrgicas, ambulatoriais ou de internação) que realizam coletas. Assegure o preparo adequado do paciente e a identificação de informações importantes que podem impactar no diagnóstico correto: medicamento em uso, data da última menstruação, problemas metabólicos, etc.

5. Automatizar etapas do processo, sempre que possível. Solicitações computarizadas simplificam a ordenação de teste e eliminam a etapa crítica de se transcrever os pedidos. Os códigos de barras ajudam no rastreamento da amostra. 

6. Monitorar indicadores de qualidade. O principal indicador, neste caso, é o de % de recoletas, que seve ser analisado continuamente de forma a se identificar: quais áreas ou tipos de exames estão tendo maior incidência deste problema e identificar as causas para prover melhorias. Se uma nova amostra não puder ser obtida, é responsabilidade do especialista do laboratório comunicar o problema ao médico responsável pelo paciente. 

7. Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde e promover a cooperação entre as áreas assistenciais e de diagnóstico.

8. Notificar, identificar causas e definir planos de melhoria para os eventos adversos relacionados a erros laboratoriais.

9. Prestar especial atenção para os casos de contaminação de amostras, especialmente culturas. Envolver o Serviço de Controle de Infecção da organização nas ações de melhoria.

 

LEIA MAIS: Por que demorou tanto tempo para o movimento de segurança do paciente reconhecer a importância de erros de diagnóstico?